A rede do tráfico

A resposta do Estado

Lizie Antonello

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Infelizmente, mais do que assistir ao aumento da criminalidade e do tráfico de drogas e, em decorrência disso, ver a repetição de mais e mais mortes violentas, os santa-marienses terão de lidar com a lentidão do Estado em buscar uma solução para esses problemas.

:: Confira todas as matérias da série especial A Rede do Tráfico

Na última reportagem da série sobre o tráfico de drogas em Santa Maria, o Diário questionou o secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels, sobre que medidas vai adotar para impedir a entrada de celulares e drogas nas penitenciárias, evitando, com isso, que o crime organizado continue sendo comandado de dentro das cadeias. A resposta foi a causa, a superlotação _ que nem é o caso de Santa Maria _, e não a solução (leia mais no quadro).

Porém, a preocupação da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul ainda é distribuir presos do Presídio Central de Porto Alegre em novas vagas no sistema carcerário. E, mesmo o Presídio Central sendo exemplo de como não deve ser uma casa prisional, são tímidas as iniciativas governamentais no sentido de adotar um novo modelo.

A gestão por meio das Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs), por exemplo, apontada por especialistas como uma alternativa, segundo o secretário Airton Michels, não é uma possibilidade que poderá atender à demanda de todo o Estado.

Confira aqui a resposta para a questão acima e para outras que foram elencadas durante a série de reportagens que abordou o tráfico de drogas na cidade. O secretário Airton Michels respondeu aos questionamentos na sexta-feira, por meio de sua assessoria.

Enquanto isso resta esperar

Enquanto o Estado acena com medidas pouco efetivas para tentar frear o tráfico de drogas aqui na cidade, aguardaremos um ou outro equipamento de Raio X, que poderá ser destinado a Santa Maria após a Copa do Mundo para que seja usado para barrar a entrada de celulares nos presídios. Esperaremos a nomeação de mais servidores para as polícias Civil e Militar e para a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe).

Torceremos para que as tornozeleiras correspondam às apostas do Estado para coibir crimes cometidos pelos presos dos sistemas aberto e semiaberto. E iremos às urnas, em outubro, conscientes do nosso papel. Porque, por mais que saibamos o quão importante é a colaboração do cidadão e fundamental a participação do município, é do Estado o dever de promover a segurança pública.

Por Lizie Antonelo

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